O Antiquariato está de luto

A Irmandade dos Clérigos lamenta o falecimento de António Manuel Cipriano Miranda, um homem determinado, convicto, que irradiava simpatia, e sempre disponível para partilhar saberes e histórias.

Conceituado antiquário português, nasceu em Santa Cruz do Douro em 1933, e desde muito novo se interessou pelo colecionismo. Estudou Direito, atividade profissional que exerceu no Ministério do Trabalho, e o levou a fixar-se em Lisboa. Em 1979 abriu a sua primeira loja de antiguidades, e mais tarde, a Galeria da Arcada, um local onde passava os seus dias.

António Miranda era um colecionador apaixonado pela arte, à qual dedicou a sua vida.

Na história da Irmandade dos Clérigos fica escrita a doação que recebeu daquele que viria a ser o benemérito fundador da Coleção Christus, constituída por um conjunto admirável de peças, adquirido pelo colecionador ao longo dos anos, nas mais variadas circunstâncias, tanto em território nacional como estrangeiro. A doação concretizou-se na exposição permanente “Christus”, que comunica o diálogo entre Fé e Arte, em torno do maior tema do Cristianismo, que é a figura de Jesus Cristo.

Reconhecendo a nobreza e a generosidade do gesto, fica o profundo agradecimento a António Miranda por ter permitido o enriquecimento do acervo do Museu dos Clérigos, mas, sobretudo, por ter disponibilizado para fruição pública um legado, reunido ao seu gosto e de inegável qualidade.

 

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